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Diagnóstico do câncer

Por que tantos exames e informações?

Diagnóstico do câncer

Você acaba de pegar o resultado da biópsia e descobre que está com um câncer maligno. Seu médico te orienta a buscar um oncologista. 

Ao chegar ao oncologista, esperando receber o tratamento, você fica surpreso ao saber que ainda são necessários mais exames para definir como tratá-lo.

É difícil entender por que são necessários mais exames, sendo que já sabe que o tumor é maligno? Você também tem medo que o atraso com esses exames prejudique o tratamento ou faça o tumor crescer? Você também fica perdido com a quantidade de informações? Então este texto é para você:
Descobri um câncer - por que tantos exames e informações?

O tópico deste texto se resume a um termo simples, mas que representa a atuação do oncologista moderno: MEDICINA PERSONALIZADA ou MEDICINA DE PRECISÃO.

Assim como cada pessoa é diferente uma da outra, cada câncer também é. O câncer de mama de uma paciente X é diferente do câncer de mama da paciente Y. E isso vale para cada tipo de neoplasia: próstata, mama, rim, pulmão, estômago, melanoma e todos os outros. Não existe apenas um tipo de câncer de mama, são vários. O mesmo vale para os cânceres de pulmão e etc. Cada um deles nasce de alterações genéticas e mutações especificas, as quais tornam cada tumor único. Além disso, os tumores podem se encontrar em estágios diferentes (inicial ou avançado) e isso afeta os tipos de tratamento. Com isso cada tumor tem seus pontos fracos, os quais o médico oncologista deve conhecer para poder atacar. 

Para descobrir quais são esses pontos fracos, o oncologista precisa pedir exames complementares, utilizando o material de biópsia ou cirurgia já feitos. Assim ele descobre, através do pedaço de tumor já extraído, quais são as características moleculares e genéticas do tumor. Isso irá guiar e definir qual o melhor tratamento para o tumor de cada paciente. Além disso, junto com as características do tumor e o estágio em que ele se encontra, o oncologista considera as características do próprio paciente (alergias, condições gerais e outras doenças) para definir qual o melhor tratamento a iniciar. Por isso que muitas vezes o paciente conhece outras pessoas com o "mesmo tipo de tumor" que ele, mas que começam o tratamento de modo diferente. Lembre sempre, o seu caso é único. Não existe nenhuma pessoa com as mesmas características que você, com o mesmo tumor e com o mesmo estágio que o seu. Portanto, NUNCA COMPARE SEU CASO COM O DE OUTRAS PESSOAS. 

E é por isso que, na primeira consulta, o oncologista pede tantos exames: exames de sangue, tomografias, exames/complementos de patologia, testes genéticos e outros.  O tratamento oncológico mais correto é aquele personalizado para o seu caso.
 

Dr. Pedro Grachinski Buiar
Médico Oncologista Clínico do Complexo ISPON 
CRM-PR 32421 | RQE 24830 | RQE 24831 


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