Na
Radioterapia existem aparelhos distintos para o tratamento de diversas doenças
que acometem o homem. A eletronterapia consiste no emprego de feixes de
elétrons para o tratamento de lesões superficiais, onde o objetivo é exatamente
o de não afetar as camadas profundas dos tecidos.
As
doses podem ser calculadas conforme a necessidade, desde milímetros até 5 a 7
centímetros, tornando-se desta forma um tratamento ideal quando o desejo é o de
envolver apenas aquela determinada profundidade.
Assim
como os demais tratamentos radioterápicos, o intuito é atingir apenas a área
alvo, não liberando radiação em áreas circunjacentes, evitando que estes
tecidos sejam expostos à irradiação. Este tipo de terapia é aplicável, por
exemplo, em tumores de pele, de lábios, de cavidade oral, de linfonodos
(gânglios) superficiais ou mesmo em combinação com outros tipos de feixes de
radiação, quando é necessário o tratamento desde a superfície até as regiões
mais profundas.
Interessante
ressaltar que, ao contrário do que se presume, a radioterapia não é um
tratamento exclusivo de doenças malignas (como o câncer), sendo possível a sua
utilização em variados tipos de disfunções. Um claro exemplo é o seu emprego na
profilaxia da formação de cicatrizes hipertróficas ou quelóides, onde a
irradiação após a retirada cirúrgica desta cicatriz, reduz a reincidência da
formação de novos quelóides no local.
Segundo
dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) existem no Brasil cerca de 70
aceleradores lineares que possuem feixe de elétrons para fins terapêuticos, e o
Complexo Ispon, com a finalidade de proporcionar a maior qualidade ao cliente,
disponibiliza a eletronterapia para a população dos Campos Gerais.
Dr. Humberto Guerzoni
Radioterapeuta